World Games 2013 (I)

A saída foi às 4.30 do Holiday Inn Express...

No dia anterior tínhamos viajado do Porto até Lisboa no Alfa que nos deixou na capital às 19.30.

Encontramo-nos com a restante delegação lusa às 5 da manhã. Depois dos trâmites normais, embarcamos rumo a Madrid. No voo mais curto desta jornada, toda a gente dormiu. Aliás, acho que toda a gente só acordou quando o avião tocou na pista. Mais aeroporto, mais comboio para mudar de terminal, mais formalidades e esperas.

Às 13.00 já estávamos todos instalados no Airbus 340 da Iberia que nos levaria a Bogotá! Bogotá! Já imaginaram?! O ACM na capital da Colômbia!! Confesso que tenho dificuldades em imaginar-me em Bogotá! (porque motivo iria eu a Bogotá?) Mas é daquelas capitais míticas, de que só ouvimos falar; que associamos a um exotismo e a um choque cultural enormes; que associamos a cartéis de droga, FARCs, folhas de coca, Valderrama (e a sua cabeleira farta) ou Iguita, o guarda-redes louco, cordilheiras de montanhas (Andes) e outras coisas extraordinárias, realmente diferentes e estranhas para um europeu (claro que estou a ser muito redutor em relação a este país). Mas as notícias que correm sobre a Colômbia já não retratam a violência de outros tempos. Já não se ouve falar muito dos Cartéis de Medellin e os filmes do Chuck Norris já não se passam por aqui. AMIGOS: VAMOS A BOGOTÁ: que coisa absolutamente fantástica e que privilégio!

Enquanto escrevo, ainda no avião, o planisfério que aparece no ecrãn diz-me que estamos a sobrevoar Caracas. Ou capital que nos enche o imaginário. O mesmo ecrãn diz-me que já só faltam 2 horas para chegar. 8 já estão. Está quase...

O avião vai lotado.

A delegação portuguesa, com os seus fatos de treino e t-shirt vermelhos, salientam-se dos demais passageiros. A hospitalidade sul-americana fez-se sentir ainda em Madrid, onde fomos abordados por argentinos que queriam saber de que desporto éramos. Aqui no avião, travamos conhecimento com a Enfermeira-Chefe Beatriz! É de Cali, está feliz pela sua cidade estar a organizar os Jogos Mundiais, mora perto do Pavilhão e prometeu ir lá ver-nos. Trocamos números e emails e o dia 31 de Julho será de sightseeing com uma guia muito especial. Extraodinariamente prestável e muito simpática. Foi muito bom!

(Querem saber o que diz o mapa agora?: Haiti, Barbados, Kingston, Santo Domingo, Caracas, Martinica, Puerto Rico, Guadaloupe, Aruba...)

Bogotá! Chegamos. A cidade está numa cota mais elevada que o Pico, nos Açores, erguendo-se num planalto a mais de 2400 metros de altura.

Não houve propriamente tempo para grandes visitas... Farmácia para comprar umas coisitas, loja de câmbio e alguma espera pelo próximo voo.

Cali apareceu de repente. Imagino isso porque quase toda a delegação estava a dormir (eram mais de 2 da manhã) quando aterramos. Maravilhosamente recebidos por imensos voluntários que nos ajudam e orientam. Seguiu-se o trajecto até ao centro de acreditação e, FINALMENTE, o hotel. Foram 36 horas desde que apanhamos o Alfa em Campanhã... Neste momento são 7:20 em Portugal e 1:20 na Colômbia.

Foi este o 1º e intenso dia. Rest now e amanhã vamos tentar treinar (apesar da organização não ter nada estruturado nesse sentido, só há treinos marcados para 29 e 30 de Julho).

Muito obrigado a todos! Até breve!